Quando digo-te, amado, que nem só este amor é a vida de meus dias,
Com toda mágoa e angústia ainda fortalecida em meu peito,
Deves acreditar.
Não deves ter dúvida de que o meu pranto não faz-se mais da falta dos teus beijos,
Mas da crueldade e falta deste manto que, de vez em quando se esquece
De me corroer por inteiro.
Quando a minha vida afirma-te que meu coração bate por um outro alguém, ou talvez outro sentimento,
E não mais pelos espinhos dessa ardil paixão, dessa vereda que um dia já andei
Tu tens que compreender.
Foram-se as estradas que já cruzei, jazem as utopias que um dia a pureza tivera conquistado em mim
Não há sonhos no meu ser; reza a lenda que desaprendi a amar
Meu bem, já não é uma loucura a tua rejeição.
Os meus olhos choram, a minha alma grita: não há vida sem esse vício, esse sonho e pesadelo, esse desejo.
Por isso é que de vez em quando nego os meus instintos e insisto em te dizer que, não sei de certeza,
Mas já não gozo do teu gozo.
E diante destes versos, pouco sei se é verdade ou mentira, o que a minha boca cospe,
Minha mente pensa e minhas mãos traçam
Mas enquanto este teu fim se prolonga em minha vida e minha tristeza aumenta: da poesia faz-se o meu riso e o meu sustento.
Parabens Gabi, muito linda sua poesia :)
ResponderExcluirQuem é?
ResponderExcluir