sábado, 8 de fevereiro de 2014

Eu te busco

Não sei te explicar como procuro a tua voz
E a tua atenção, que não floresce, mesmo no cair da noite, e de frente ao cais:
Não sei como dizer quando os teus olhos me olham, lentamente num brilho precioso;
Assim, estremecendo-me como um pensamento recente qualquer. Quando o campo iniciado, o centeio ondula ao sentir um tempo distante,(talvez passado, ou quem sabe o futuro..) e na terra crescida os homens já habitam - eu não sei te negar que até minhas ideias te insistem.

E quando a ilusão faz acreditar que os galhos da melancolia secam, e os astros lá do espaço me vigiam,
O meu coração, não passa de um fruto inventado, e nem sei de qual semente, pois
Tu arrebataste as veredas da minha solidão
E a minha casa, o meu rosto, os meus seios e a minha vida ardem perante estas noites, de pura insônia e amor. O egocentrismo acompanha, dentre as pedras que nos cercam do teu tão jovem silêncio, como crianças que imploram a uma canção de ninar após os sonhos horripilantes, no meio do tempo - não sei se posso te dizer, que a pureza dentro de mim, te procura.

Desde a mais recente primavera os meus lábios cantam o que os meus braços devem lhe contar; e aprendo,o leve abstrato correr do espaço -  minto quando digo que talvez mandarei flores e cartas cheias de razão, mas quando a sombra morrer dos meus lábios, faltará a mim um girassol, um lírio, um beijo ou um par de tapas (qualquer coisa extraordinária).
Porque não sei como declarar que dentro de mim há o sol, a chuva, as águas e o oceano inteirinho; a lua, a imensidão e as galáxias; os bosques, o verde e o alimento (além de todo o amor do mundo) que te insistem, procuram e te buscam.

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