quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Poesia de tudo

Há dias é que eu queria os azares das paixões e as tragédias tristes que nelas cabem:
queria também o pecado, a carne
e vejo que não me fora útil para nada; hoje eu só quero teu amor,
o eterno, indestrutível, eu quero a tua face e dela te compor.

E quero também, presenciar-te em cada verso meu, Senhor
tu és minha poesia e a de um todo do mundo inteirinho:
não há verso tão puro quanto o teu,
não há sintoma poético dado por ti que caiba no coração meu.

Hoje sou poeta.
Não sei se devo chorar, agradecer, lamentar
Eu sou o pecado, logo qualquer letra do mundo.
Mas de que vale isso, se és toda poesia de tudo?!

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