sexta-feira, 18 de julho de 2014

Sede de ternura

Um tumulto teu sumo escorrendo às minhas pernas:
quando beija minhas nádegas, amado
pouco tenho a fazer se não gemer, sorrir
das tuas entranhas o meu abrigo, e o meu amor, tão forte,
de longe aguarda o meu peito este fim, e quanto a isso - silêncio perpétuo.

Do prazer eu tenho riso, dos teus lábios, eu gozo;
De manso, e quase me indo aquele amor fajuto.
Mas o teu mastruço se ia fundo e os meus olhos, sem abrir,
diziam-te que a continuidade era falha, o amor não me existia!

No leito, mais desejos, e o teto, o teto escuro de qualquer imaginação me assombrava,
eu era uma puta! e como gostava disso...
o meu amor se ia.. voltava, voltava porque o sexo não me era sustentável.
voltava porque aquele entrelaço era pouco para aquela sede de ternura.

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