quinta-feira, 10 de julho de 2014

Renascer do viver

Como uma agonia morta a minha vida:
Subi o abismo e gozei da mesma,
Chorei amores que não tive e deixei-me cortar para hoje estar inteira.

É uma nação lírica os teus olhos
Ainda preenchem-me após um eito de oito meses,
Que não se tarda a passar, é lento a se ir..

Ah, tanto faz agora!! Seja lá o que for,
Já me curei da ferida aberta, repetimento diário,
Eu me curei de qualquer dor e hoje sinto saudades e sou feliz!

E como é dura a vida daqueles que não sentem...
É desgraçada a vida dos burgueses famintos por sexo, por amor, a vida dos que não sentem saudade...
Mas é feliz e honrada a vida de qualquer vagabundo de praça que sente:

a sensibilidade do ar, do amor, da paixão, da vida que renasce dia após dia.
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário