Subi o abismo e gozei da mesma,
Chorei amores que não tive e deixei-me cortar para hoje estar inteira.
É uma nação lírica os teus olhos
Ainda preenchem-me após um eito de oito meses,
Que não se tarda a passar, é lento a se ir..
Ah, tanto faz agora!! Seja lá o que for,
Já me curei da ferida aberta, repetimento diário,
Eu me curei de qualquer dor e hoje sinto saudades e sou feliz!
E como é dura a vida daqueles que não sentem...
É desgraçada a vida dos burgueses famintos por sexo, por amor, a vida dos que não sentem saudade...
Mas é feliz e honrada a vida de qualquer vagabundo de praça que sente:
a sensibilidade do ar, do amor, da paixão, da vida que renasce dia após dia.
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