Também, enche-se de vazio o meu lugar de furto
Não esperarei a pedra verter vinho, e a figueira o mel:
Morrerei num abismo de fracasso por luta inconsequente.
O luar banha a minha mãe,
Cada manifesto ergue-se sobre ela e não evita
Do tempo seco, falta de pão
- Punhal no peito, navalha na mão.
Cria-se e recria-se de círculos impuros
A maresia e o azul do meu céu
Não me é inteiro de um conceito hipócrita, um amor fajuto:
o amor não tem miséria, não tem ódio, nem guerra.
Ando a percorrer essas estradas verde-amarelas
Sentindo a fome e a fumaça de perto
Quantos olhos hão de lastimar,
Quanta violência se sucederá?
As letras velhas tecidas pelo tempo não dizem nada!
O estrangeiro é que não fracassa.
A dor das raças, o pudor disso
Mas Deus sorri como um negrinho fixo.
E a partilha, a graça dessa mãe
Que chora, que sofre, que morre
Se vai de tristeza, pranto que não se cobre
dos vagabundos saciados, mal intencionados,
de grande "raça" nobre.
de grande "raça" nobre.
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