No abismo o tempo tecia tão devagar que era quase um apelo para uma sorte:
Mas nunca consegui crer em uma,
Tampouco devo afirmar que não a tenho
A sorte mora em mim, trilha no meu corpo, beija a minha alma, traduz minhas idas e vindas.
Nem sei se o pranto é sorte ou azar
Mas também não acredito em qualquer um
Aprendo tanto com as lágrimas e o amor reprimido que ao mesmo tempo
Sofro com essa ausência e me sopra de frieza a tristeza do peito.
Tristeza que de leve cai como lástima
Aborrece a noite nos meus olhos: nimba de luar o lodo!
Mas a rejeição me leva na sorte dos versos,
E os versos, no entanto, matam-me de azar no amor.
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