terça-feira, 22 de abril de 2014

Ninguém nunca entende a minha prosa

Regada de estrelas a minha palavra se esconde:
ninguém nunca entende minha prosa.

Mesmo que pequena, quase que uma célula morta:
se move. Ninguém nunca entende.

E por não entendê-la é que não sei se fico feliz ou triste
Será ela o complexo ou a poesia falha?

Ninguém nunca entende a minha prosa.
Nunca compreendem a minha dor.

E mesmo que meu peito haja com o horror,
Com martelos quentes de brasas ensanguentadas

O meu lirismo nunca é visível.
Ninguém nunca entende a minha prosa!

E não entendo esses poetas que xingam aqui e ali o meu sexo:
Não entendo essa gente que não entende a minha prosa.

Porque ninguém entende porque não quer.
Porque a minha prosa por trás do que eu quero é simples.

Ninguém sequer sabe me dizer a verdade
E estou farta da gramática e das línguas:

Estou farta de cansaço da arrogância contínua contra o meu peito ferido.

Nenhum comentário:

Postar um comentário