São amargas as vaias da chuva,
E da multidão guardada no peito
Dói tanto quanto aquela mentira
Dor que na vastidão da minha alma habita.
As horas tecem no tempo e a chuva não passa
O meu passado não volta, e sendo assim, meu presente também não.
Lá no céu as nuvens flutuam
Como o bater do meu coração.
Pouco sei o motivo
E o sentido dessa ardilosa mágoa,
Também não sei de fato o que sou
Nem se sou o que um dia quis ser.
Vem de mansinho sinais do sol
Que de quando em quando desaparece
Ora a chuva não dá espaço nem para o arco íris
E aprendi com tudo isso, que nada no fundo realmente prevalece.
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