domingo, 2 de outubro de 2016

Morte

Morro.
Morro e não silenciam as vozes, os risos, as gargalhadas.
Ninguém vê o pranto; ninguém sente o desgosto
de ser e simplesmente existir.

Eu mato-me aqui,
Morro e não faltam porquês,
Nem vontades, nem uma luz na cidade
Pra me fazer lembrar do que me fez sofrer.

Matam-me! E há quem pense
Que a corda foi engatilhada por mim:
Ninguém se mata sozinho no fim do jardim.

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