terça-feira, 25 de outubro de 2016

dois mil e dezesseis

Tudo que existia em mim se foi
tudo que eu era vasou, assim, desesperadamente
para qualquer lugar.

a boca que beija,
é do corpo que mata!
a mão que acaricia
por trás, apunhala.

dois mil e dezesseis:
tudo que existe se vai.
tudo que somos jaz.
num piscar de olhos: para qualquer lugar.

as bocas se beijam
os amores se matam.
os carinhos efêmeros
acariciam a morte.

e tudo vai bem.
(isso é mesmo importante para quem?)

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