segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Decorei as palavras amedrontadas ao teu ouvido!

Decorei as palavras amedrontadas ao teu ouvido! 
Quando me desejavas nua (sem saber que eu já era tua),
 Ecoou saudade no túnel do amor e,
nada poderia eu fazer se não deslizar em lágrima mesmo que atoa.

Decorei as palavras amedrontadas ao teu ouvido!
E eu olho teus traços; pelas telas, pelos lados
Lembro do enlaço dos dedos, das línguas e do tato;
Queimando em saudade como queimavam os troncos no leito.

Mesmo decorando o que meu cerne ansiava dizer e repelia teu conhecimento,
Eu já era tua no leito, na mente, na alma e no peito!
E ecoando saudade, fitando e evocando a seiva já gasta (e mui bem saboreada)
Não houve: não há nada a fazer; Queimo em saudade como todos os dias em que tentei te dizer.

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