quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Rasa

Eis um voto de amor e em anagrama que aqui eternizo:
Rasa em aconchego ao teu colo eu me quebro inteira
Quando me despedaças em cor, carinho e odor
E todos os anjos no céu cantam sorrindo: é amor!

Desde os meus prantos de iniquidade
Aos meus sintomas - tão ocos- de maldade, 
Em pureza fitas de longe, de perto e de qualquer ângulo o meu coração,
Catando com Deus, escolhendo à par, uma solução.

Estes teus olhos que decifram só verdades
E que me acolhem, com a córnea cheia de saudade
Será que deslumbram no espelho a graça da cabeça ao pé?
Pena se não enxergarem a sublimidade da tua face em fé.

E eu não sei como terminar sem pensar nessa pele,
Ah, essa maciez tão pura, tão completa, que o pecado repele;
Estes lábios dóceis, que não beijam -porque não querem- o infinito, 
Eu quero dizer que te amo, mesmo quando teu peito fadiga em mim e eu grito.

Poema dedicado à Sara Matter, a amiga de sempre! 

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