não há barulho
minha alma errante quando chora
não palpita nem rima lágrima.
as rosas morrem.
as rosas que restaram daquela noite eufórica
jazem à minha direita.
e à minha esquerda tudo que vejo é o tempo se ir sem pensar no meu coração.
olho pra frente:
não há murmúrio nem vestígio teu.
sei que nossas prosas são alegrias de veraneio
de passagem pra um outono triste
(estava presa em qualquer lugar, em qualquer esquina que furtou minha alma,
e tu de novo me encontraste!)
no chão vagava perdida
numa busca incessável por carne
por qualquer prazer
que nenhum outro amor soube me provar
sob minha pele, nenhum outro cacho soube amaciar.
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