sábado, 23 de novembro de 2013

Desejos carnais

A madrugada houvera iniciado antes da meia-noite
Regada pelas estrelas e pelo céu obscuro cheio de sereno
Me reguardo de segundo em segundo na lucidez por consequência
E quanto ao meu coração - silêncio perpétuo.

Já num momento de incógnitas e buscas de questões não respondidas,
Não carrego o mesmo peso na minha consciência já sepultada
Minto,
Ainda estou do outro lado da mesma ponte
Translúcida, ainda quebrada em pedaços pelas falhas passadas.

Atravesso lentamente aquela corda bamba de novo
Amando o cais, ansiando a lua
Com o descontrole dos desejos da carne
Ah, por que rendo-me assim?

O amanhecer me absorve,
E toda noite desconhecida, quase frente a solidão jaz.
Minto,
Nem em frente a solidão, mas com os desejos carnais,
Aos suores e tremores de vontade.

Não enxero a pureza do mundo;
Não neste momento
O que me importa no entanto é o desejo de matar esta vontade
Mesmo que seja mentira,
E noutro momento, o desejo evapora
Com o coração na boca na mão.




sábado, 16 de novembro de 2013

Canção do amor

Amo-te porque tua ternura faz esquecer-me
da solidão que em meu peito habita

Amo-te porque ao te contemplar
Navego em oceanos impossíveis
voo alto como uma águia;

Amo-te porque não há receio em te querer
Mas o teu riso, só faz  meu sorriso nascer.

Amo-te porque com teu corpo tu tira-me da realidade
Levando-me para um universo paralelo
Onde nem eu mesma sei descrever.

Amo-te porque quando tu cantas
Trina todas as aves do inverno.

Amo-te porque teu amor não machuca
E a saudade só faz meu desejo por ti crescer.

Amo-te porque ao te ver
Todas as flores desabrocham e
O mundo inteirinho quer te viver.


sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Chuva fria no meu coração

São amargas as vaias da chuva,
E da multidão guardada no peito
Dói tanto quanto aquela mentira
Dor que na vastidão da minha alma habita.

As horas tecem no tempo e a chuva não passa
O meu passado não volta, e sendo assim, meu presente também não.
Lá no céu as nuvens flutuam
Como o bater do meu coração.

Pouco sei o motivo
E o sentido dessa ardilosa mágoa,
Também não sei de fato o que sou
Nem se sou o que um dia quis ser.

Vem de mansinho sinais do sol
Que de quando em quando desaparece
Ora a chuva não dá espaço nem para o arco íris
E aprendi com tudo isso, que nada no fundo realmente prevalece.