quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Viajando

Eu que de longe venho,
Passeando por lugar tão pequeno,
Vive ainda, depois de tanto tempo,
Aquela mesma tristeza dentro de mim,
Esta, deveria por sua vez, ter permanecido por lá,
Lá longe, onde jamais voltarei.

Sob as ruas em que passo,
Dentro desse mísero ônibus,
Vejo da janela, o reflexo das rugas que enfeitam minha face,
Rosto pálido, morto.
E também dessa mesma janela,
Posso enxergar as ruas,
Que assim como o meu coração,
Só tem buracos.

Ah se minha angústia ficasse em uma dessas paradas
Que o ônibus para
Ah, se elas fossem embora de vez,
Para que possam surgir novos amores,
Novas dores,
Novos vícios.

E por tão grande ser esse desejo,
A melancolia de meus dias só aumenta,
A felicidade só me rejeita,
E o que resta-me, é a mais dolorida de todas:
A tão detestável solidão.



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