Tudo que existia em mim se foi
tudo que eu era vasou, assim, desesperadamente
para qualquer lugar.
a boca que beija,
é do corpo que mata!
a mão que acaricia
por trás, apunhala.
dois mil e dezesseis:
tudo que existe se vai.
tudo que somos jaz.
num piscar de olhos: para qualquer lugar.
as bocas se beijam
os amores se matam.
os carinhos efêmeros
acariciam a morte.
e tudo vai bem.
(isso é mesmo importante para quem?)
terça-feira, 25 de outubro de 2016
domingo, 2 de outubro de 2016
Morte
Morro.
Morro e não silenciam as vozes, os risos, as gargalhadas.
Ninguém vê o pranto; ninguém sente o desgosto
de ser e simplesmente existir.
Eu mato-me aqui,
Morro e não faltam porquês,
Nem vontades, nem uma luz na cidade
Pra me fazer lembrar do que me fez sofrer.
Matam-me! E há quem pense
Que a corda foi engatilhada por mim:
Ninguém se mata sozinho no fim do jardim.
Morro e não silenciam as vozes, os risos, as gargalhadas.
Ninguém vê o pranto; ninguém sente o desgosto
de ser e simplesmente existir.
Eu mato-me aqui,
Morro e não faltam porquês,
Nem vontades, nem uma luz na cidade
Pra me fazer lembrar do que me fez sofrer.
Matam-me! E há quem pense
Que a corda foi engatilhada por mim:
Ninguém se mata sozinho no fim do jardim.
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