Um sumo ardente a perturbava naquela noite
Desde um envolvimento afinal, há algumas semanas
perdera a liberdade, o amor e a castidade!
E fadada a viver de verdade, logo ela,
Que aprendera a respirar mentira,
Deitou no leito incerto, morreu nas mentiras do ego.
segunda-feira, 19 de setembro de 2016
quinta-feira, 15 de setembro de 2016
Palavras soltas
Atônita
chorava
balbuciava
e ouvia
um puta aqui
vadia lá
prendia o choro
e não hesitava
em pensar por si só
que essa sociedade
hoje diz uma coisa
amanhã diz outra
e afinal
todo mundo
toda coisa
tudo um dia
vira pó.
chorava
balbuciava
e ouvia
um puta aqui
vadia lá
prendia o choro
e não hesitava
em pensar por si só
que essa sociedade
hoje diz uma coisa
amanhã diz outra
e afinal
todo mundo
toda coisa
tudo um dia
vira pó.
Rasa
Eis um voto de amor e em anagrama que aqui eternizo:
Rasa em aconchego ao teu colo eu me quebro inteira
Quando me despedaças em cor, carinho e odor
E todos os anjos no céu cantam sorrindo: é amor!
Desde os meus prantos de iniquidade
Aos meus sintomas - tão ocos- de maldade,
Em pureza fitas de longe, de perto e de qualquer ângulo o meu coração,
Catando com Deus, escolhendo à par, uma solução.
Estes teus olhos que decifram só verdades
E que me acolhem, com a córnea cheia de saudade
Será que deslumbram no espelho a graça da cabeça ao pé?
Pena se não enxergarem a sublimidade da tua face em fé.
E eu não sei como terminar sem pensar nessa pele,
Ah, essa maciez tão pura, tão completa, que o pecado repele;
Estes lábios dóceis, que não beijam -porque não querem- o infinito,
Eu quero dizer que te amo, mesmo quando teu peito fadiga em mim e eu grito.
Poema dedicado à Sara Matter, a amiga de sempre!
segunda-feira, 5 de setembro de 2016
Decorei as palavras amedrontadas ao teu ouvido!
Decorei as palavras amedrontadas ao teu ouvido!
Quando me desejavas nua (sem saber que eu já era tua),
Ecoou saudade no túnel do amor e,
nada poderia eu fazer se não deslizar em lágrima mesmo que atoa.
Decorei as palavras amedrontadas ao teu ouvido!
E eu olho teus traços; pelas telas, pelos lados
Lembro do enlaço dos dedos, das línguas e do tato;
Queimando em saudade como queimavam os troncos no leito.
nada poderia eu fazer se não deslizar em lágrima mesmo que atoa.
Decorei as palavras amedrontadas ao teu ouvido!
E eu olho teus traços; pelas telas, pelos lados
Lembro do enlaço dos dedos, das línguas e do tato;
Queimando em saudade como queimavam os troncos no leito.
Mesmo decorando o que meu cerne ansiava dizer e repelia teu conhecimento,
Eu já era tua no leito, na mente, na alma e no peito!
E ecoando saudade, fitando e evocando a seiva já gasta (e mui bem saboreada)
Não houve: não há nada a fazer; Queimo em saudade como todos os dias em que tentei te dizer.
Eu já era tua no leito, na mente, na alma e no peito!
E ecoando saudade, fitando e evocando a seiva já gasta (e mui bem saboreada)
Não houve: não há nada a fazer; Queimo em saudade como todos os dias em que tentei te dizer.
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