sábado, 7 de fevereiro de 2015

Que coincidência é o amor

quando mendigo sorrisos nas ruas:
- basta Gabriela!
é tudo que a vida me diz.

que tenho de voltar
esquecer a vontade de alegria
e me deitar no leito angustioso que é sentir .

quando penso que perderei a sina da amargura
é um beijo da paixão, e um par de tapas da vida:
que fui feita pra doer, pra rezar, pra arder

pra morrer devagarzinho na coincidência do amor ferido.

Já pensei

Já pensei em deixar dessa vida promíscua
que sou sem meus erros?

Já fui julgada, e ainda amada
de fácil de amar (já dito antes) virei em nada.

E agora eu faço de tudo
não faço questão de não fazer.

até que a moral me cabe, como um vício distante  e pouco amado
(mas me dou bem mesmo são com os pecados.)

domingo, 1 de fevereiro de 2015

os teus olhos

Quando eu enxergo o meu futuro incerto
poucas, raríssimas vezes, insisto que chegue depressa.
quando de vez em quando me basta aquela certeza
dos teus olhos, de poder vê-los, de poder prová-los em cada instante dos meus dias...
Ah, os teus olhos..
Eu preferia passar pelo vale da morte a deixar de vê-los com tal desejo alucinante
Ainda que, toda a dor do mundo me amaldiçoasse, se eu pudesse fitar estes olhos,
já aliviaria a minha vida, e meu mundo inteiro conspirando contra mim
não murcharia assim:
viveria triste, mas ainda que com pouca vida restante
ele viveria pelos teus olhos.